Depressão
O dia nasce novamente.
O sol ergue o dia. O sol esmorece no horizonte. Cai a noite. A lua. O azulado desponta aclarando-se. O dia renasce.
Todos os dias, dia e noite, dia e noite, a mesma rotina, o mesmo tempo sem paredes que o distingam, só o sol raiando ou desfalecendo, e mais ou menos luz, e mais ou menos gente, e mais ou menos sons, e mais ou menos vidas. Todos os dias tudo igual porque desisti de dormir. E de comer. E de falar. E de sorrir. E de sonhar.
Há um mundo que se esconde nas vidraças destes olhos que ninguém sabe ler. São baços. Perderam o brilho num tempo que não sei mais contar. A memória afasta-se com o peso que o passado nos deixa quando não sabemos resolvê-lo e temos demasiado para solucionar no presente. Os problemas, os dilemas, os traumas, as culpas, as vergonhas, as indefinições...
Uma incapacidade de alegria, de vibração, de êxtase, de harmonia, de paz... Faz-me falta sentir, sentir o mundo pulsar dentro de mim. Em ti parece que nada mais de mim existe, talvez porque nunca soubeste gerir as pessoas da tua vida. Deixas o passado querido num saco roto por atar junto ao peito, e abres chagas que não sabes sarar. Os extremos sempre foram o pilar da tua sociabilidade...Tudo o que fica a meio caminho hiberna em ti.
Dentro da pele que sinto alheia, mas é tão minha, há uma imensidão de certezas e sorrisos passados, uma noção de futuro, uma esperança, uma percepção real de tempo, mas, apática e catastrófica, não vejo presente.
O abismo sob meus pés incita ao flutuar do meu corpo... O sol ainda espreita por entre os prédios...Imagens de um abraço no jardim, lágrimas por olhares que beijam em miradouros...As mesmas horas, emoções tão outras...Esse outro tu que é presente, bem mais real, bem mais vivo em mim... Sorriso que me prende à vida que não sinto, à possibilidade de um mundo novo, mais feliz, dentro de mim... Não é para que me salves que te quero. É por querer-te que me salvo.
O sol ergue o dia. O sol esmorece no horizonte. Cai a noite. A lua. O azulado desponta aclarando-se. O dia renasce.
Todos os dias, dia e noite, dia e noite, a mesma rotina, o mesmo tempo sem paredes que o distingam, só o sol raiando ou desfalecendo, e mais ou menos luz, e mais ou menos gente, e mais ou menos sons, e mais ou menos vidas. Todos os dias tudo igual porque desisti de dormir. E de comer. E de falar. E de sorrir. E de sonhar.
Há um mundo que se esconde nas vidraças destes olhos que ninguém sabe ler. São baços. Perderam o brilho num tempo que não sei mais contar. A memória afasta-se com o peso que o passado nos deixa quando não sabemos resolvê-lo e temos demasiado para solucionar no presente. Os problemas, os dilemas, os traumas, as culpas, as vergonhas, as indefinições...
Uma incapacidade de alegria, de vibração, de êxtase, de harmonia, de paz... Faz-me falta sentir, sentir o mundo pulsar dentro de mim. Em ti parece que nada mais de mim existe, talvez porque nunca soubeste gerir as pessoas da tua vida. Deixas o passado querido num saco roto por atar junto ao peito, e abres chagas que não sabes sarar. Os extremos sempre foram o pilar da tua sociabilidade...Tudo o que fica a meio caminho hiberna em ti.
Dentro da pele que sinto alheia, mas é tão minha, há uma imensidão de certezas e sorrisos passados, uma noção de futuro, uma esperança, uma percepção real de tempo, mas, apática e catastrófica, não vejo presente.
O abismo sob meus pés incita ao flutuar do meu corpo... O sol ainda espreita por entre os prédios...Imagens de um abraço no jardim, lágrimas por olhares que beijam em miradouros...As mesmas horas, emoções tão outras...Esse outro tu que é presente, bem mais real, bem mais vivo em mim... Sorriso que me prende à vida que não sinto, à possibilidade de um mundo novo, mais feliz, dentro de mim... Não é para que me salves que te quero. É por querer-te que me salvo.
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