Exercício de escrita criativa 2
Esperar. Nada mais me é dado hoje. Esperar que chegues. Esperar que queiras. Esperar que sintas. Esperar que talvez chores. Sim, quero que chores, que sintas em ti a nota estridente desse gemido de dor que só dá quem sente.
Espero no degrau que encontrei perdido na rua. Dizem que há uma porta azul por trás de mim. Talvez dissesses que combina com o meu vestido agora verde pálido, uma espécie de montanha de pistachos que subirias. Vã esperança, talvez. Contemplo o gelado de morango entre meus dedos. O creme desce lentamente entrelaçando-se nos poros pegajosos, esponja sugando a doçura do dia. Olho em frente. Espero que chova. Aqui, sobre mim, lavando este nojo que de mim sinto.
Espero-te. Fito o céu na esperança de que um balão de ar quente te traga, como nos filmes que imaginei na infância. Espero-te, já sem esperança. Seis da tarde e o casamento às onze horas. Ás onze horas de um de Novembro. Novembro de 1986.
E eu aqui fico, esperando-te, entre esta "docegente" que passa com pena não sabe de quê, com palavras caladas na prisão do silêncio que me deste.
Espero no degrau que encontrei perdido na rua. Dizem que há uma porta azul por trás de mim. Talvez dissesses que combina com o meu vestido agora verde pálido, uma espécie de montanha de pistachos que subirias. Vã esperança, talvez. Contemplo o gelado de morango entre meus dedos. O creme desce lentamente entrelaçando-se nos poros pegajosos, esponja sugando a doçura do dia. Olho em frente. Espero que chova. Aqui, sobre mim, lavando este nojo que de mim sinto.
Espero-te. Fito o céu na esperança de que um balão de ar quente te traga, como nos filmes que imaginei na infância. Espero-te, já sem esperança. Seis da tarde e o casamento às onze horas. Ás onze horas de um de Novembro. Novembro de 1986.
E eu aqui fico, esperando-te, entre esta "docegente" que passa com pena não sabe de quê, com palavras caladas na prisão do silêncio que me deste.
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