Saturday, May 31, 2008

Exaustão

Primaveras chegam em chuvada, num clima que não se sabe mais temperado. Notícias voam em mentes quase indiferentes. As massas que se deslocam quase amorfas, um mesmo corpo, uma massa uniforme, cinzenta, indistinta, uma negra nuvem de quem se mistura na apatia.

Portugal, Europa, Mundo, por todo o lado tudo igual, sociedade global etnocêntrica. Ser tolerante é hoje um relativismo gnoseologico, ser civilizado é hoje um nada dizer, calar, ser justo é hoje ser defensivo, é pegar nos direitos humanos e transformá-los em armas, desconstruí-los. Educar sem instruir, e de novo Salazar habita a sociedade que hoje democrática se diz, porque o ensino é mera corrida para vencer os problemas de estatistica.

Virar a cara? Nunca. Por mais farta que esteja. A revolução faz-se na mente, na persistente luta por informação que traz igualdade de oportunidades. Talvez utopia de minha mente jovem, talvez, mas é sempre essa a desculpa de quem se adapta, aculturação a um mundo cada vez mais redutor.

Ainda ergo a voz, com mais ou menos valia. O Maio de 68 que nunca verdadeiramente existiu talvez volte para um dia ser real.

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