despertar sonhando ainda
Acordou atordoada. Nem risos em volta, nem abraços constantes, nem vozinhas ternurentas de bébé. Espreguiçou-se bocejando um alongamento de fibras, um estalido de articulações, um suspiro de manhã. Lembrou um rosto que julgou ver a seu lado, tão clareado pela penumbra boreal, vulgo aurora. Lembrou um rosto que sentiu beijar, o sorriso que ainda a prende e faz em êxtase gargalhar, o mundo tão mais leve e infantil.
Infantil...Demasiado fraco, demasiado temeroso, demasiado... E ela? Ela demasiado apressada, ultrapassando uma má fase que lhe bloqueou outras partes de si e ele incapaz de o aguentar... Seria um dever seu? Talvez, mas não tão cedo, um dia mais tarde. Não se pode forçar ninguém a ser mais do que num determinado momento é. Não se pode querer que tudo ocorra num mesmo segundo. Perceber que há tempo para que as coisas aconteçam, tempo...
Abre os olhos arrependidos. Abre os olhos que não mais choram mas que hoje entendem. Abre os olhos para um novo mundo que quer que volte ao que fora, risos a toda a volta, uma mão que desliza, um beijo, um olhar apaixonado alma adentro.
Ergue-se a custo, o dia que se espraia à sua volta. Ergue-se com vontade de ficar no limbo de um sonho que talvez de tanto querer volte a ser real. Ergue-se enfim. A custo que seja, que importa?, já não lhe dói. O mundo é mais sólido agora que a má fase (que ele teve medo de apoiar) passou, agora que já se aceita o outro e o eu, agora que olhar para si significa dizer "eu valho a pena", "eu sou boa pessoa", "eu sou bonita". Por quanto tempo? Esperemos que para o resto da vida.
Abre a janela, inspira...Um novo dia. Um mesmo olhar antigo dentro de si, e deixa-o estar. Não vale a pena lutar contra o que nos forma. Amá-lo é ainda parte de si. E já não fere, já não mata, já não espera, já não é. O amor que sente ninguém lho tira. A vida à sua frente, que com força inova todos os dias, também não.
Fecha a janela com a brisa ainda em seus poros gelando o rosto sonolento. Fecha a janela num sorriso. Amanheceu mais uma parte de si.
Infantil...Demasiado fraco, demasiado temeroso, demasiado... E ela? Ela demasiado apressada, ultrapassando uma má fase que lhe bloqueou outras partes de si e ele incapaz de o aguentar... Seria um dever seu? Talvez, mas não tão cedo, um dia mais tarde. Não se pode forçar ninguém a ser mais do que num determinado momento é. Não se pode querer que tudo ocorra num mesmo segundo. Perceber que há tempo para que as coisas aconteçam, tempo...
Abre os olhos arrependidos. Abre os olhos que não mais choram mas que hoje entendem. Abre os olhos para um novo mundo que quer que volte ao que fora, risos a toda a volta, uma mão que desliza, um beijo, um olhar apaixonado alma adentro.
Ergue-se a custo, o dia que se espraia à sua volta. Ergue-se com vontade de ficar no limbo de um sonho que talvez de tanto querer volte a ser real. Ergue-se enfim. A custo que seja, que importa?, já não lhe dói. O mundo é mais sólido agora que a má fase (que ele teve medo de apoiar) passou, agora que já se aceita o outro e o eu, agora que olhar para si significa dizer "eu valho a pena", "eu sou boa pessoa", "eu sou bonita". Por quanto tempo? Esperemos que para o resto da vida.
Abre a janela, inspira...Um novo dia. Um mesmo olhar antigo dentro de si, e deixa-o estar. Não vale a pena lutar contra o que nos forma. Amá-lo é ainda parte de si. E já não fere, já não mata, já não espera, já não é. O amor que sente ninguém lho tira. A vida à sua frente, que com força inova todos os dias, também não.
Fecha a janela com a brisa ainda em seus poros gelando o rosto sonolento. Fecha a janela num sorriso. Amanheceu mais uma parte de si.
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